Diário Digital Castelo Branco - Tabaco: GNR apreendeu mais de 2.500 milhões de cigarros de contrabando, negócio "apetecível" em Portugal Di�rio Digital Castelo Branco - Not�cias num Clique

Tabaco: GNR apreendeu mais de 2.500 milhões de cigarros de contrabando, negócio "apetecível" em Portugal

A GNR deteve desde o início do ano 13 pessoas por contrabando de tabaco e apreendeu mais de 2.500 milhões de cigarros, num valor de cerca de 456 mil euros. Portugal tornou-se "bastante apetecível" para este negócio, segundo aquela força de segurança.

  • País
  • Publicado: 2011-08-07 08:32
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

A GNR deteve desde o início do ano 13 pessoas por contrabando de tabaco e apreendeu mais de 2.500 milhões de cigarros, num valor de cerca de 456 mil euros. Portugal tornou-se "bastante apetecível" para este negócio, segundo aquela força de segurança.

Dados da Unidade de Ação Fiscal (UAF) da GNR, a que a agência Lusa teve acesso, referem que entre janeiro e julho foram detidas 13 pessoas, número quase idêntico às detenções realizadas ao longo do ano passado, quando foram efetuadas 15.

Os dados mostram, igualmente, que a Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu até julho 2.507.170 de cigarros, num valor de 456.168 euros.

Ao longo do ano passado, foram apreendidos 13.585.540 cigarros, num valor de cerca de 2.500 milhões de euros.

O tenente-coronel Amândio Marques, da UAF, disse à Lusa que estes números não significam que as apreensões estejam a diminuir, uma vez que “basta apreender um contentor” para os dados serem diferentes.

Este ano a GNR ainda não apreendeu qualquer contentor, onde são transportados entre oito a dez milhões de cigarros, adiantou.

Amândio Marques sublinhou que o contrabando de tabaco tem vindo a aumentar há já alguns anos. Para este aumento contribui a “elevada carga fiscal”.

“Antes éramos um país de trânsito, os cigarros passavam por Portugal com destino a outros países da União Europeia. Neste momento continuamos a ser um país de trânsito, mas devido à carga fiscal também já somos um país de destino e bastante apetecível”, afirmou.

Apesar de ainda não possuir dados que comprovem que o contrabando de tabaco está a aumentar com a crise, sustentou que “as pessoas com menos dinheiro na carteira tentam comprar o mais barato”.

“A crise associada à elevada carga fiscal do tabaco é efetivamente convidativo”, frisou.

De acordo com Amândio Marques, o tabaco contrafeito é maioritariamente oriundo dos países asiáticos, nomeadamente da China.

Mas também chegam a Portugal tabacos de várias marcas brancas, aquelas que são produzidas legalmente para determinados mercados locais, que depois são expedidos para outros países e introduzidos ilegalmente no consumo, afirmou, sublinhando que estes cigarros são oriundos da Europa.

O militar que trabalha na UAF acrescentou que tanto o tabaco contrafeito como o de marcas brancas chega a Portugal pelas vias área, marítima e terrestre.

Para combater a venda de cigarros de origem ilícita proveniente de contrabando ou contrafeitos, a Direção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC), a Guarda Nacional Republicana e a Tabaqueira estabeleceram uma parceria para a elaboração de um panfleto e de um site para a verificação da genuinidade do tabaco.

Amândio Marques explicou que o site (www.verifiqueoseumaco.com.pt) serve para verificar se o maço de tabaco da marca Marlboro, um dos mais contrafeitos, é autêntico através da introdução do código de barras.

Se o maço for ilegal, o consumidor pode reportar o ilícito às autoridades, explicou, adiantando que a parceria pretende alertar os fumadores para os perigos que correm em fumar tabaco contrafeito, designadamente em termos de saúde pública.

PUB

PUB

PUB

PUB