Se Cadel Evans não tivesse ganho a última Volta a França, Lachlan Morton seria apenas mais um dos ciclistas presentes na 73.ª Volta a Portugal em bicicleta. Mas o primeiro triunfo australiano na prova francesa deu-lhe um protagonismo inesperado.
Se Cadel Evans não tivesse ganho a última Volta a França, Lachlan Morton seria apenas mais um dos ciclistas presentes na 73.ª Volta a Portugal em bicicleta. Mas o primeiro triunfo australiano na prova francesa deu-lhe um protagonismo inesperado.
Com escassos 19 anos, Lachlan Morton é o único australiano presente na Volta a Portugal. A vitória do seu compatriota não lhe passou ao lado, embora o entusiasmo seja moderado.
“Foi um grande feito. Ainda não fui à Austrália desde que ele (Evans) ganhou, mas ao falar com a minha família apercebi-me de que teve um enorme impacto lá e o ciclismo australiano vai ter maior visibilidade agora”, disse Morton à Agência Lusa.
Evans, que começou com êxitos nas bicicletas de todo-o-terreno (BTT) antes de enveredar pelo ciclismo de estrada, foi duas vezes “vice” na Volta a França (2007 e 2008) antes de chegar em julho último de amarelo aos Campos Elíseos, em Paris, com 34 anos.
“É excitante. Nos últimos anos, ele já tinha estado perto, mas agora, com ele a ganhar, isso dá-me muita esperança (no futuro)”, continuou o jovem atleta nascido em Port Macquarie, Nova Gales do Sul, que também experimentou o triatlo antes de se dedicar a uma carreira profissional nas estradas.
Com vários títulos nacionais de sub-15 e sub-17 obtidos nos Antípodas, Morton foi contratado pela equipa norte-americana Chipotle Development (sub-23), subsidiária da Garmin (circuito mundial), e radicou-se nos Estados Unidos, mas as corridas de bicicleta tinham começado aos sete anos, tentando imitar o irmão mais velho, que entretanto já pendurou o capacete e equipamento de licra.
“Na América, onde estou, há muitos (australianos), mas não sabia que era o único aqui. É ótimo estar em Portugal e não me importo de ser o único australiano”, continuou o sexto classificado no malaio Tour Langkawi e terceiro no norte-americano Tour of Gila já este ano, prometendo “tentar definitivamente” estar no pelotão internacional e numa equipa grande.
Com o ciclismo aussie a ganhar nova projeção com os feitos de Evans, que fez a sua nação ficar acordada madrugada dentro para ver o seu compatriota lutar por um título inédito, o ciclista da Chipotle Development estabelece agora metas mais altas.
Para Lachlan Morton, que revelou gostar de “sonhar em grande” e não ter “grandes ídolos”, preferindo seguir o seu caminho “é sempre um grande sonho” estar um dia no Tour.
Subscreva à nossa Newsletter
Mantenha-se atualizado!
© - Diário Digital Castelo Branco. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por: Albinet