Acionistas da Galp votam fim dos direitos especiais do Estado

A alteração dos estatutos da Galp Energia para pôr fim aos direitos especiais do Estado na petrolífera, cumprindo uma medida prevista no acordo com a ‘troika’, é o único ponto da agenda da assembleia geral de acionistas de hoje.

  • Economia
  • Publicado: 2011-08-03 07:15
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A alteração dos estatutos da Galp Energia para pôr fim aos direitos especiais do Estado na petrolífera, cumprindo uma medida prevista no acordo com a ‘troika’, é o único ponto da agenda da assembleia geral de acionistas de hoje.

Depois da Portugal Telecom (PT), é a vez da Galp Energia alterar os estatutos de forma a acabar com as ações de categoria A, detidas pelo Estado, que passam a ações ordinárias. Segue-se a EDP que tem a assembleia-geral de acionistas com o mesmo fim agendada para 25 de agosto.

O presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, garantiu que a empresa vai “continuar igual” após o fim dos direitos especiais do Estado na petrolífera, até porque “nunca foram usados”.

“Em termos práticos, tudo continua igual, na história da nossa empresa nunca foi usado qualquer desses poderes porque eles são exequíveis de outras formas", disse Ferreira de Oliveira, na passada sexta-feira, após a apresentação de resultados da petrolífera.

As ações da categoria A, detidas pelo Estado, através da Parpública, conferem direitos especiais na eleição do presidente do conselho de administração e em deliberações que possam pôr em causa a segurança do abastecimento do país em petróleo, gás e de eletricidade ou produtos derivados dos mesmos.

O fim dos direitos especiais do Estado na EDP e na Galp e da 'golden share' na PT decorre do acordo com a ‘troika’ e foi aprovado no Conselho de Ministros de 05 de julho.

Atualmente, a estrutura acionista reparte-se pela Amorim Energia, do empresário Américo Amorim, com 33,34 por cento do capital, a italiana Eni com o mesmo capital, a Parpública, empresa que gere as participações do Estado, com sete por cento, e a Caixa Geral de Depósitos que detém um por cento. Os restantes 25,32 por cento do capital estão dispersos pelo mercado.

Ainda no memorando de entendimento com a ‘troika’, a Galp está incluída no programa de privatizações, que deverá ser concretizadoo até 2013, juntamente com a EDP e a REN no setor energético.

O lucro ajustado da Galp Energia caiu 36 por cento no primeiro semestre deste ano, para 111 milhões de euros, na sequência do pior desempenho do negócio de refinação e distribuição, anunciou a petrolífera na passada sexta-feira.

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