Covilhã: António Fidalgo recusa memorando para Centro de Competências

O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) disse esta 6ª-feira que recusou assinar o memorando para a criação de um Centro de Competências por considerar que o mesmo é discriminatório relativamente ao de outras duas universidades.

  • Educação
  • Publicado: 2015-08-07 16:42
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O reitor da Universidade da Beira Interior (UBI) disse esta 6ª-feira que recusou assinar o memorando para a criação de um Centro de Competências por considerar que o mesmo é discriminatório relativamente ao de outras duas universidades.

"Não podemos aceitar uma discriminação deste tipo", afirmou o reitor António Fidalgo, explicando que o acordo com a UBI não incluía a cláusula respeitante ao financiamento no valor anual de 1,5 milhões de euros.

Apesar de ter alertado para a situação e ter pedido para que tal fosse corrigido, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) - entidade que deveria garantir o financiamento através de verbas dos fundos comunitários - não aceitou incluir essa especificação, que estava presente nos memorandos da Universidade de Évora (UE) e na Universidade de Trás-os-Montes de Alto Douro (UTAD), acrescentou.

"A CCDRC não estava disposta a incluir este ponto e considerei que haveria uma clara desvantagem da UBI relativamente às outras duas universidades. Portanto participei ao senhor ministro [adjunto e do Desenvolvimento Regional, Poiares Maduro] que se tal não fosse contemplado não assinaríamos o protocolo", afirmou António Fidalgo, numa sessão de esclarecimento para a comunidade académica, realizada na Covilhã à mesma hora em que, ao final da manhã desta 6ª-feira, em Coimbra, eram assinados os memorandos com a UE e com a UTAD.

Essa cerimónia, que contou com a presença do ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional e do ministro da Educação, esteve inicialmente marcada para a Covilhã, mas acabou por ser alterada para a sede da CCDRC, cuja presidente terá apontado "a falta de verbas disponíveis" como razão para não incluir a alteração.

"Haveria por parte da CCDRC a intenção de honrar o entendimento, mas sem se comprometer com a quantia com que as outras comissões se comprometem", especificou António Fidalgo.

Os memorandos surgem no seguimento de um desafio que foi lançado a estas instituições pelo ministro Miguel Poiares Maduro e preveem a criação de um centro de excelência sobre a vinha e o vinho na UTAD de um centro dedicado à área do agroalimentar na UE.

A UBI deveria avançar com o centro de competência de computação na nuvem (cloud computing) e saúde, projeto que o reitor espera que ainda venha a ser desenvolvido, apesar da tomada de posição hoje assumida.

"Tudo faremos para concretizá-lo", afirmou, adiantando que está disposto a assinar o memorando no futuro, desde que o documento inclua o financiamento.

A UBI está sedeada na Covilhã, distrito de Castelo Branco, e tem atualmente cerca de sete mil alunos, distribuídos por 29 cursos de primeiro ciclo e mestrado integrado.

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