Diário Digital Castelo Branco - Castelo Branco: Paulo Moradias acusa autarquia de "crime cultural". Câmara afirma que casa não estava sinalizada. Di�rio Digital Castelo Branco - Not�cias num Clique

Castelo Branco: Paulo Moradias acusa autarquia de "crime cultural". Câmara afirma que casa não estava sinalizada.

O vereador do PSD, Paulo Moradias, acusou na última reunião de Câmara, o executivo do PS de ter praticado um crime cultural ao demolir um imóvel junto ao Largo de São João, no Arrabalde dos Açougues, identificado na Rede das Judiarias de Portugal.

  • Região
  • Publicado: 2015-07-22 06:59
  • Por: Cristina Valente

O vereador do PSD, Paulo Moradias, acusou na última reunião de Câmara, o executivo do PS de ter praticado um crime cultural ao demolir um imóvel junto ao Largo de São João, no Arrabalde dos Açougues, identificado na Rede das Judiarias de Portugal.

"Esse imóvel era de edificação do século XVI, com portadas em cantaria com baixo-relevo cruciforme, indicativo de cristãos novos, ou seja com portados quinhentistas. Era um imóvel identificado na rede das judiarias de Portugal".

Segundo o vereador, na demolição, que aconteceu no dia 16 deste mês, as cantarias do edifício, foram levadas para o estaleiro da câmara, "sem o mínimo cuidado, sendo algumas logo partidas na queda".

Para Paulo Moradias, este ato, não condiz com toda a promoção que tem sido feita dos portados quinhentistas, inclusive com a criação de um roteiro sobre esses portados, e apelidou-o de "crime cultural".

João Paulo Benquerença, Presidente da Concelhia do PSD, lembra que no Plano Estratégico Turístico apresentado há cerca de uma semana se faz referência à importância de alguns vestígios relacionados com a cultura judaica, poderem constituir um motivo de interesse, capaz de atrair novos segmentos turísticos...devem ser alvo de aprofundamento e contextualização histórica, o que pode vir a constituir um motivo de interesse.

"Isto é o eles colocam no papel, o que eles fazem é colocar retroescavadoras e partir. Isto é um atentado!" afirma o responsável politico.

Diário Digital Castelo Branco falou com Luís Correia, autarca Albicastrense, que delegou no engenheiro da Câmara, Luís Resende, todas as explicações, com as quais o autarca deixou claro, concorda.

Foi-nos explicado que a casa em questão foi adquirida pela autarquia com o único intuito de ser demolida, pois havia queixas constantes dos vizinhos de infiltrações, dado o avançado estado de degradação em que o edifício se encontrava.

"A demolição da casa está prevista desde 1992, está no plano desde essa altura, plano esse que foi aprovado e nunca ninguém realçou o facto do imóvel ter algum valor histórico" também quando foi feito o Plano de Pormenor da zona histórica e Devesa, foram registadas e classificadas muitas das casas na envolvente do próprio plano, sendo que sobre esta nada foi referido, "ou seja se fosse um elemento notável, se tivesse valor patrimonial, arquitetónico ou cultural teria sido assinalada" afirma Luís Resende.

Ou seja nos dois planos de pormenor, que servem de base de trabalho à Câmara, a casa não é referenciada como de interesse patrimonial.

 

PUB

PUB

PUB

PUB