Castelo Branco recebe Festival Sete Sóis Sete Luas este domingo

A robusta elegância do linho e o sinuoso requinte da seda entrelaçam-se nas texturas das colchas, as cobertas bordadas com motivos de influência oriental que constituem o exemplo mais representativo da produção caseira de Castelo Branco.

  • Cultura
  • Publicado: 2015-07-15 15:23
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

A robusta elegância do linho e o sinuoso requinte da seda entrelaçam-se nas texturas das colchas, as cobertas bordadas com motivos de influência oriental que constituem o exemplo mais representativo da produção caseira de Castelo Branco. A cidade recebe Festival Sete Sóis Sete Luas este domingo 19 de Julho de 2015 às 21:30 horas.

No edifício do Museu Francisco Tavares Proença Júnior, onde estas se podem admirar, encontra-se também a sede de uma escola profissional que visa continuar esta importante tradição que tem dado brilho e bem-estar a todo o distrito.

Usos que se transmitem vencendo o desafio do tempo porque estão sempre a renovar-se e a reinventar-se e não existe velho ou novo, mas apenas o Belo: o Festival Sete Sóis Sete Luas há mais de 20 anos partilha este objetivo e a Arte e a Cultura são o seu linho e a sua seda. Através dos instrumentos da música, da pintura, das artes plásticas faz-se promotor do conhecimento e do intercâmbio fluido das tradições culturais dos 11 Países – Brasil, Cabo Verde, Croácia, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Itália, Marrocos, Portugal e Roménia – que compõem a sua Rede, 33 cidades estão envolvidas numa fantástica viagem de encontros guiada pelo calor luso-mediterrânico.

Com o apoio da Câmara Municipal de Castelo Branco o Festival SSSL apresenta a sua programação, gratuita e aberta a todos os cidadãos com 2 concertos emocionantes de grupos que ilustram o melhor possível a filosofia da tradição ainda viva.

Toque de tambores domingo 19 de Julho às 21h30 na Alcáçova do Castelo com o concerto das La MAL COIFFÉE, 5 artistas languedocianas que desde 2007, ano da fundação do grupo, têm conquistado uma enorme aceitação a nível nacional e europeu tendo publicado 4 álbuns de sucesso imediato. Entoando as próprias vozes em polifonia, com o acompanhamento dos mais variados instrumentos de percuss ão - tammorra, caxixi, bendir, tam tam... - executam um repertório inspirado e inovativo retirado das tradições occitanas às quais dão o seu toque pessoal, moderno e sensual. No seu último trabalho, L'embelinaire, as poesias das duas maiores figuras da literatura da Linguadoca, os "encantadores" Jean-Marie Petit e Leon Cordes, são adaptadas musicalmente em contrapontos fascinantes, a linguagem evocativa transforma-se numa atmosfera rica de emoções e com um ritmo devastador.

No parque do Monte do Índio Sexta-feira 28 de Agosto às 21h30 explode a exuberante energia de Agus Barandarian com os seus KORRONTZI, do País Basco. O leader do grupo fundado em 2004, com um minucioso trabalho de pesquisa e de experimentação, conseguiu realizar o seu objetivo, isto é, trazer de volta as mais ancestrais tradições musicais bascas dando-lhes um aspeto actual, moderno mas sempre baseado no instrumento rei basco: o triki, acordeão diatónico que se lança em danças frenéticas com o bandolim, percussões e baixo.

Os Korrontzi podem gabar-se de participações em numerosos Festivais europeus de música folk, numerosíssimas colaborações com artistas internacionais – entre os quais Mario Incudine, Custódio Castelo, Fernando Barroso – que contribuiram para a produçã o de 5 álbuns, dos quais os últimos 2 em particular são um incrível percurso entre as sonoridades de países entre eles distantes, mas que se encontram na música e na força artística do grupo.

O nome da banda também é um reconhecimento orgulhoso das origens. Korrontzi era, de facto, um tocador de acorde ão, um trikitilari, que descia todos os domingos à praça central de Mungia – a cidade natal dos Korrontzi - para alegrar com a sua música os fiéis que saíam da Missa.

E assim também fazem os Korrontzi: alegram, produzem eletricidade no sangue que obriga a dançar e a cantar com eles, em concertos que todas as vezes se transformam numa grandiosa festa coletiva.

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