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Castelo Branco: João Salgueiro afirma que portugueses vivem muito do improviso

O ex-Ministro de Estado e das Finanças e do Plano, João Salgueiro, afirmou em Castelo Branco, que os Portugueses vivem muito do improviso, não se organizam e não se preparam atempadamente.

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  • Publicado: 2014-10-10 12:24
  • Por: Cristina Valente

O ex-Ministro de Estado e das Finanças e do Plano, João Salgueiro, afirmou em Castelo Branco, que os Portugueses vivem muito do improviso, não se organizam e não se preparam atempadamente.

Os desafios futuros não se coadunam com improvisos e os países, mais organizados, que melhores condições oferecerem serão os que melhores condições de vida terão no futuro.

O economista participou numa conferencia promovida pelo Núcleo Regional da Beira Baixa da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), subordinada ao tema “Portugal após a Troika; novos objetivos, novas políticas, novas oportunidades”.

O ex-Ministro explicou que aos Portugueses falta organização "Em vez de se organizarem para mudar e terem uma vida melhor, na prática as melhores iniciativas acabam por esmorecer; é isso que explica muito o nosso atraso em relação a outros países europeus. Por exemplo na Holanda as pessoas reagem de forma completamente diferente, aqui as pessoas protestam, lá indignam-se e vão propor uma solução melhor e lutam por ela, aqui isso não é normal" afirma João Salgueiro.

Para o economista, os países latinos, Portugal, Espanha e Itália, são muito influenciados pelo clima

"Em Portugal como temos um clima benigno, as pessoas, pensam, se não chove agora vai chover mais tarde, e se está muito calor, logo virá o fresco. Os países mais nórdicos têm que se organizar, porque senão morrem no inverno , nós não temos esse problema e então temos uma vida mais improvisada. É muita improvisação, não nos organizamos, veja por exemplo a primeira chuvada forte em Lisboa, fez logo grandes inundações, porque não se tinham limpo os esgotos".

E esta é uma forma perigosa de viver face aos desafios que se aproximam "Com os desafios que temos agora ao nível Europeu e Mundial, não se pode improvisar. Temos que perceber o que queremos fazer. Porque por exemplo vai haver muito desenvolvimento das relações mundiais que já começou, e os países que oferecerem melhores condições vão melhorar muito de vida, os que não oferecerem vão piorar, porque deixa de haver proteção pela distância. Se nós somos muito menos eficazes que os países Asiáticos, e está a acontecer na Europa, a Europa fica para trás, e aquela ideia que tínhamos que os europeus viviam melhores que os outros, daqui a 20 anos pode ser o contrário"

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