A Câmara de Penamacor pretende comprar o edifício do antigo Externato Nossa Senhora do Incenso, num investimento de 345 mil euros, para o transformar num centro de estágios para jovens, disse o presidente do município.
A Câmara de Penamacor pretende comprar o edifício do antigo Externato Nossa Senhora do Incenso, num investimento de 345 mil euros, para o transformar num centro de estágios para jovens, disse o presidente do município.
António Luís Beites deu a conhecer a intenção da autarquia durante a última Assembleia Municipal de Penamacor e explicou que o processo negocial já está em curso, que deve ser concluído "nos próximos dias" e que pretende colmatar uma necessidade verificada e no âmbito da estratégia de cativação de pessoas para o concelho.
"A estratégia que delineamos para Penamacor é a de atrair pessoas para o concelho, principalmente jovens. Nesse sentido, temos estado a trabalhar com várias entidades espanholas, as quais nos disseram que, havendo instalações, muito mais se podia fazer, nomeadamente realizar intercâmbios ao longo de todo o ano. Por isso, parece-nos que devemos aproveitar esta janela de oportunidade", justificou.
António Luís Beites informou que, no último fim de semana e integrados nos intercâmbios com as entidades espanholas, estiveram em Penamacor 70 jovens oriundos da zona de Madrid.
Segundo o autarca, com eles chegaram também as respetivas famílias, as quais contribuíram para que a unidade hoteleira do concelho tenha registado mais 40 reservas, o que "demonstra a possibilidade de dinamização e fluxo económico que o projeto pode criar", fundamentou.
Motivos que levam o autarca a considerar que este "pode ser um projeto âncora para o virar de página no desenvolvimento de Penamacor", contribuindo ainda para inverter os elevados índices de desertificação e envelhecimento do concelho.
António Luís Beites especificou ainda que este espaço deverá funcionar em articulação com outros equipamentos do concelho, como a piscina coberta, o estádio municipal ou as praias fluviais, e sublinhou que também apresenta condições para desenvolver outros projetos.
"Pode ser claramente um espaço multifunções, no qual podemos desenvolver projetos noutras vertentes, como por exemplo o do ninho de empresas", apontou.
Perante as muitas dúvidas que a questão levantou junto dos deputados municipais - aos quais foi apresentada a proposta para a realização do pagamento do edifício em três anos - António Luís Beites garantiu que os projetos que ali forem desenvolvidos devem ser candidatos a fundos comunitários.
Segundo o autarca, "apesar das dificuldades financeiras", o município tem forma de fazer face à compra, a qual "não colocará em causa outros projetos delineados para o concelho", disse.
Esclareceu ainda que a negociação começou com valores superiores (500 mil euros), mas que a autarquia estabeleceu como limite máximo os 345 mil euros, até para evitar a necessidade do visto do Tribunal de Contas.
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