Aliar uma boa caminhada a uma excelente aula na natureza e ainda por cima ter a possibilidade de fotografar paisagens deslumbrantes só pode ter tido como resultado um dia muito bem passado à beira Tejo e uma ótima forma de encerrar o curso de fotografia promovido pela AJUP e AEAT.
Aliar uma boa caminhada a uma excelente aula na natureza e ainda por cima ter a possibilidade de fotografar paisagens deslumbrantes só pode ter tido como resultado um dia muito bem passado à beira Tejo e uma ótima forma de encerrar o curso de fotografia promovido pela AJUP, associação juvenil os perdigotos com a importante colaboração da AEAT, associação de estudos do alto tejo.
Em plena natureza, o professor Jorge Gouveia da AEAT proporcionou aos participantes uma lição de história, botânica, geologia…
A anteceder a caminhada os participantes tiveram oportunidade de visitar o Núcleo Museológico de Perais onde tomaram contacto com uma prática corrente nos anos que se seguiram à segunda guerra mundial, o contrabando, que ajudava os habitantes da zona a angariar algum rendimento que complementava os seus parcos rendimentos provenientes da agricultura. Guiou a visita o presidente da junta, sr Joaquim Vaz , que também chegou a participar nalgumas atividades de contrabando.
Seguiu-se a descida ao tejo pelo Caminho da Telhada. Este, estrutura-se à volta de uma importante e ancestral via que atravessava o rio Tejo e ligava a Barreira da Barca, Perais e a Lomba da Barca, no concelho de Nisa. Na margem direita do Tejo, este caminho subia a íngreme Barreira da Barca até ao planalto do Canto do Ferreiro, passava pela Eira dos Ratinhos onde, segundo a tradição oral, os ranchos de homens e mulheres que se dirigiam para as ceifas no Alentejo se reuniam antes de passar o rio. A antiga via ligava este ponto do Tejo a Castelo Branco e passava nos lugares de Cebolais, Vale de Pousadas, Vidigueira e Castelinhos (povoado da idade do ferro, romanizado).
A escolha deste local para travessia do Tejo pode ter sido condicionado pelo escarpado das margens do rio e pela existência, em ambas as margens, de pequenas praias com areia, facilitando assim a travessia.
Contornando a duna de areia fina, e imediatamente a jusante, pode observar-se um vasto conjunto de cabeços, esculpidos no xisto, onde se amarravam os barcos.
Dado o êxito da iniciativa e o pleno agrado de todos os que tiveram o privilégio de nela participar, ficou já a ideia de futuras iniciativas a organizar em conjunto pelas duas associações, associação juvenil os perdigotos com a importante colaboração da AEAT, associação de estudos do alto tejo.
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