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BCP: Jardim Gonçalves continua hoje a ser ouvido em tribunal no caso das 'offshores'

 O fundador e ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, continua hoje a ser ouvido em tribunal no âmbito do caso das 'offshores', que opõe os antigos gestores da instituição financeira ao Banco de Portugal (BdP).

  • Economia
  • Publicado: 2011-04-14 06:39
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
O fundador e ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, continua hoje a ser ouvido em tribunal no âmbito do caso das 'offshores', que opõe os antigos gestores da instituição financeira ao Banco de Portugal (BdP).

A sessão de hoje é a quarta do julgamento de recurso dos antigos quadros do banco condenados pelo BdP ao pagamento de coimas e inibição de exercer cargos no setor financeiro no âmbito do caso das 'offshores'.

Na quarta-feira, no final da sessão, o juíz adiantou que Jardim Gonçalves iria continuar a ser ouvido pelos advogados do BdP e pelos restantes envolvidos. Em sua defesa, o fundador do BCP sublinhou ao tribunal que os administradores não tinham de saber quem eram os beneficiários efetivos das 'offshores' a que o BCP concedeu crédito em troca de aquisição de ações próprias.

Questionado pelo advogado do Banco de Portugal sobre se a entidade UBO [último beneficário] era ou não relevante na concessão de crédito em montantes elevados pelo BCP, Jardim Gonçalves sublinhou: "Dá-se crédito não pelos UBOs mas pelos ativos que lá estão. Os administradores não têm nada que saber quem são os UBOs, mas qual sim qual o veículo ('offshore')".

O ex-presidente do BCP, que recorre das penas aplicadas pelo Banco de Portugal, lembrou que só a partir de setembro de 2009 é que o Banco de Portugal estabeleceu que "não se podia conceder crédito se não se tivesse conhecimento do UBO" e frisou que nunca interveio na concessão de crédito.

A troca de correspondência entre o Banco de Portugal e o BCP, a necessidade de dar conhecimento de determinadas cartas ao conselho de administração do banco e a imputabilidade do seu conteúdo foram dos principais temas que o advogado do regulador quis ver esclarecidos, apresentando diversos exemplos.

De alguns deles Jardim Gonçalves disse já não se lembrar, mas de muitos outros frisou conhecer os processos, explicando que nem sempre precisavam de ir ao conselho de administração e frisando ainda que os serviços do banco "funcionam muito bem com o BdP", sabendo muitas vezes mais de produtos financeiros que os próprios banqueiros.

O fundador e ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, e antigos administradores Filipe Pinhal, Christopher de Beck, Alípio Dias, Castro Henriques e António Rodrigues e ainda o ex-diretor Luís Gomes recorrem das penas aplicadas pelo regulador no caso das sociedades ‘offshore' para compra de ações próprias, cujos factos aconteceram entre 2002 e 2007.

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