Penamacor: "Tó-Zé" Seguro recorda 25 de Abril com brincadeiras e “os ouvidos colados à telefonia”

Em 1974, com apenas 12 anos, o sonho de António José Seguro era simplesmente brincar, mas 40 anos depois o secretário-geral do PS destaca a liberdade como um dos grandes êxitos do 25 de Abril.

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  • Publicado: 2014-04-23 09:12
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

Em 1974, com apenas 12 anos, o sonho de António José Seguro era simplesmente brincar, mas 40 anos depois o secretário-geral do PS destaca a liberdade como um dos grandes êxitos do 25 de Abril.

No dia 25 de abril de 1974, o agora líder socialista ainda estudava no Ciclo Preparatório, mas lembra-se bem "das pessoas com o ouvido colado à telefonia" para saber notícias do que se passava em Lisboa, a algumas centenas de quilómetros de Penamacor, distrito de Castelo Branco.

"Recordo-me imenso da alegria que existia entre os meus familiares, entre os professores, entre toda a gente", contou o líder socialista, num depoimento à agência Lusa a propósito do 40.º aniversário do 25 de Abril.

Numa idade em que os sonhos eram mais "imediatos" - brincar estava entre as grandes prioridades e chegar à liderança de um dos maiores partidos portugueses não lhe passava pela cabeça -, a "grande alegria" desse dia para António José Seguro foi saber que "o irmão do meio" já não teria de ir para a guerra.

"Na altura, tinha 12 anos e, portanto, não tinha esses sonhos, os meus sonhos eram mais imediatos, de brincar, de conviver com os meus amigos", disse, confessando que com aquela idade não tinha propriamente um sonho do que queria ser.

Quarenta anos depois, já com 52 anos, para o líder socialista "um dos grandes êxitos" do 25 de Abril é o país ter conseguido preservar a liberdade que foi restituída pelos ‘capitães de Abril'.

Quanto ao maior fracasso, António José Seguro prefere falar em "imperfeições".

"Não falo propriamente em fracassos, mas em necessidades, em imperfeições, em muitas coisas que precisam de ser corrigidas nos alicerces desta nossa democracia", sublinhou.

Entre o que precisa de ser corrigido, o secretário-geral socialista referiu a preservação das funções sociais do Estado, bem como mudanças no sistema judicial e no próprio sistema político.

"Há muita gente desencantada, desiludida em relação ao funcionamento institucional da nossa democracia, uma democracia que tem níveis elevados de descontentamento é uma democracia que não responde àquilo que são as necessidades das pessoas e quando as pessoas olham para maus exemplos que vêm da política ou para prescrições que acontecem na justiça, naturalmente que as pessoas se revoltam e com razão", acrescentou.

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