Idanha-a-Nova: 1º curso de religiosidade popular no âmbito das celebrações quaresmais e pascais do concelho

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova organizou esta passada 6ªfeira Santa o primeiro Curso Livre sobre Religiosidade Popular que decorreu durante todo o dia, com a manhã dedicada a palestras, a tarde e a noite dedicadas ao acompanhamento de celebrações pascais.

  • Região
  • Publicado: 2014-04-23 06:43
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova organizou esta passada 6ªfeira Santa o primeiro Curso Livre sobre Religiosidade Popular.

O evento decorreu durante todo o dia, tendo sido composto por uma manhã dedicada a palestras e a tarde e noite dedicadas ao acompanhamento de celebrações pascais.

As palestras tiveram lugar no Fórum Cultural de Idanha-a-Nova e contaram com prestigiadas personalidades no domínio da religiosidade popular. Estiveram presentes David de Morais, professor da Universidade de Évora; Angel Cerrato Alvarez, professor da Universidade Complutense (Espanha); Clara Bertrand Cabral, da Comissão Nacional da UNESCO; e o historiador e investigador António Catana, coordenador do projeto “Mistérios da Páscoa em Idanha”.

Comparando Idanha-a-Nova a uma “ilha encantada”, António Catana defendeu que a preservação das tradições quaresmais e pascais naquele concelho deve-se, em grande medida, à ação das nove misericórdias (chegaram a existir 11), das oito comendas e oito castelos templários, e dos dois conventos franciscanos.

Seguiu-se a visita aos locais de realização dos rituais religiosos, onde foi possível acompanhar algumas das tradições da Sexta-Feira Santa no concelho de Idanha-a-Nova.

Desde a Adoração da Santa Face na Igreja da Misericórdia de Proença-a-Velha; a Via Sacra pelas ruas de Monsanto; a Procissão do Enterro do Senhor com representação cénica da Verónica e cântico das Três-Marias em Proença-a-Velha; e a Encomendação das Almas em Idanha-a-Nova, foram muitas as manifestações de piedade popular presenciadas.

Também as refeições do dia respeitaram a temática do curso. Ao almoço recriou-se a “Ceia dos 12” segundo o receituário popular de Alcafozes, e ao jantar os participantes saborearam a “Ceia dos 12” conforme o receituário popular de Segura. As ritualidades alimentares foram explicadas por Vasco Valadares Teixeira, do Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Refira-se que as celebrações quaresmais e pascais são para o Município de Idanha-a-Nova um importante património histórico-cultural que interessa valorizar enquanto fenómeno criador de identidade e de desenvolvimento sustentado.

PUB

PUB

PUB

PUB