O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão manifestou-se hoje contra a possibilidade do encerramento da repartição de Finanças local e pediu que no mínimo exista "decoro" do Governo, porque se trata de uma situação "inaceitável".
O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão manifestou-se hoje contra a possibilidade do encerramento da repartição de Finanças local e pediu que no mínimo exista "decoro" do Governo, porque se trata de uma situação "inaceitável".
"A Câmara está na disponibilidade de assumir os encargos com a repartição de Finanças, uma vez que o seu encerramento não faz sentido", disse hoje à agência Lusa Luís Pereira.
O autarca sublinhou que se está a mexer com serviços essenciais para o interior do país e pediu ao Governo para que, no mínimo, "tenha decoro, porque esta é uma situação inaceitável".
Luís Pereira explicou que, caso se confirme o encerramento da repartição de Finanças em Vila Velha de Ródão, "isso irá causar prejuízos enormes", até porque "estão na calha importantes investimentos para o concelho".
"Fica mais difícil captar investimentos e pessoas, quando o Estado está a desinvestir e a dar um sinal contrário ao da autarquia", referiu.
A eventual retirada de mais um serviço levou também Luís Pereira a questionar: "Porque é que pagamos aqui [Vila Velha de Ródão] impostos?".
O presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão acusou ainda o Governo de "não ter coragem" de mexer em serviços que estão em Lisboa e cuja necessidade para as pessoas é "questionável", concluiu.
O Governo comprometeu-se a encerrar metade das repartições de finanças do país até ao final de maio, devendo a lista das unidades a fechar ter sido concluída até ao final do primeiro trimestre.
De acordo com o memorando de políticas económicas e financeiras que acompanha o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a 11.ª avaliação ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), o executivo escreve que pretende "estabelecer até ao final de 2014 um departamento dedicado aos serviços do contribuinte, para unificar a maioria dos serviços e "melhorar a relação [dos contribuintes] com a administração" fiscal.
"Como parte desta reorganização, 50% das repartições locais de finanças vão ser encerradas até ao final de maio de 2014", lê-se no mesmo documento.
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