A candidata do CDS-PP à Câmara Municipal da Sertã em 2013 anunciou a criação de um grupo de apoio aos idosos e cidadãos carenciados que foram notificados para pagamento de faturas de água, algumas com vários anos de atraso.
A candidata do CDS-PP à Câmara Municipal da Sertã em 2013 anunciou a criação de um grupo de apoio aos idosos e cidadãos carenciados que foram notificados para pagamento de faturas de água, algumas com vários anos de atraso.
Em causa está o envio por parte da Autarquia de cerca de três mil cartas reclamando o pagamento de faturas de água em atraso, algumas delas relativas a pagamentos em falta desde 2004.
O presidente da autarquia, José Farinha Nunes (PSD), assegura que o fornecimento de água "vai começar a ser cortado pelos serviços da autarquia caso permaneça o incumprimento".
Sara Freitas do Amaral, candidata do CDS-PP nas eleições autárquicas de setembro de 2013 (nas quais o partido não elegeu vereadores), anunciou ontem a criação de um "grupo de apoio social aos idosos e carenciados que foram alvo da intimidação para pagamento de faturas de água de há 10 anos para pagar".
"Muitas delas são vítimas de faturas ilegais e este gabinete de apoio vai incluir advogados e especialistas para prestar auxílio aos mais idosos e a carenciados desconhecedores da lei", declarou a consultora aeronáutica.
A democrata-cristã referiu que a medida "é ilegal", notando que, "pela lei, os munícipes só têm a obrigatoriedade de pagar faturas dos últimos seis meses".
Sara Amaral critica ainda o que referiu ser uma "insensibilidade social" e o mau funcionamento" da Câmara Municipal "por ter deixado arrastar esta situação durante anos".
O grupo de apoio vai começar a prestar serviço "nesta próxima semana".
"Ainda assim será insuficiente", observou, anunciado a entrada em funcionamento do email esclarecimentoserta@gmail.com para "análise e resposta de situações, caso a caso, uma vez que foram notificadas cerca de 3.000 pessoas".
José Farinha Nunes afirma que o processo de envio das cartas deriva de uma "reorganização dos serviços", que "não cortava a água mesmo que os munícipes nunca a pagassem", uma situação que considerou "insustentável", assegurando estarem "acautelados os casos de dificuldade económica ou de emergência social".
O total das faturas em atraso, segundo a autarquia, ascende aos 400 mil euros.
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