Castelo Branco: Acusado de homicídio de ex-namorada recorda como a esfaqueou e chora em tribunal

O homem de 29 anos, acusado do homicídio de uma ex-namorada com a mesma idade, descreveu hoje ao Tribunal de Castelo Branco como esfaqueou Carla Martins, à porta de casa dos pais dela, a 14 de novembro de 2009.

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  • Publicado: 2011-03-09 14:20
  • Por: Cristina Valente/Lusa
O homem de 29 anos, acusado do homicídio de uma ex-namorada com a mesma idade, descreveu hoje ao Tribunal de Castelo Branco como esfaqueou Carla Martins, à porta de casa dos pais dela, a 14 de novembro de 2009.

O arguido, João Pedro, afirmou em tribunal que quando se dirigiu de Coimbra para Castelo Branco tinha por objectivo falar com Carla sobre o fim da relação que tinha acontecido semanas antes, e que João Pedro não aceitava.

Questionado sobre a faca que transportava consigo e que havia comprado na Internet, João Pedro afirmou "a arma para mim era uma saida de emergencia" afirmando que tinha intenção de assustar a Carla "ameaçando matar-me à sua frente" acto que admite poderia concretizar "já tinha pensado no suicidio várias vezes, acheia que a faca era uma forma rápida de concretizar o acto" afirmou.

Confessou que deu a primeira facada na Carla quando percebeu que a relação estava definitivamente terminada " e quando ela me respondeu mal, senti-me humilhado, e senti que tinha dado demasiado de mim àquela relação" João Pedro confessa que apenas se lembra dos dois primeiros golpes e depois não se lembra de nada mais " lembro-me do 1º e 2º golpe e mais nada, depois lembro-me de um homem, o pai da Carla, em cima de mim". 

O arguido acabaria por ter um ataque de choro quando o pai da vítima, assistente no processo, foi chamado a depor, obrigando a uma interrupção do julgamento por alguns minutos.

Na primeira sessão, a sala de audiências esteve cheia e o reforço de segurança foi evidente, com a presença de pelo menos seis guardas armados.

O homem incorre numa pena de 12 a 25 anos de prisão.

A família da vítima constituiu-se como assistente no processo e segue a acusação do Ministério Público, pedindo ainda uma indemnização.

O pai da vítima, José Nunes Martins, disse que nunca conheceu o arguido até à noite em que teve de o afastar da filha, no momento em que a esfaqueava.

O julgamento conta com um júri de quatro elementos, justificado pelo advogado da família, João Carlos Marcelo, pelo facto de o caso "ter tido grande impacto na comunidade".

"É justo que o cidadão comum esteja representado através de um júri", disse.

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