A Quarta Parede - Associação de Artes Performativas anunciou hoje que realizará a quinta edição do "1.º andar, mostra de criadores emergentes", apesar do corte total de financiamento a que terá sido sujeita.
A Quarta Parede - Associação de Artes Performativas anunciou hoje que realizará a quinta edição do "1.º andar, mostra de criadores emergentes", apesar do corte total de financiamento a que terá sido sujeita.
"Estamos reduzidos ao mínimo e optámos por manter a mostra, porque implica menos investimento do que o necessário à concretização de um festival", explicou Rui Sena, diretor artístico da Quarta Parede, durante a conferência de imprensa de apresentação deste evento.
Rui Sena recordou que a Direção Geral das Artes (DGA) assinou com a Quarta Parede um contrato-programa que deveria vigorar durante quatro anos, mas que foi alvo de cortes.
"Em 2012, só já recebemos 50 mil euros, menos de metade do estabelecido. E este ano simplesmente não recebemos nada. O corte foi total", referiu.
Constrangimentos que levaram a associação a mudar a localização da sede e a reduzir toda a atividade cultural anual à realização desta mostra, que tem como objetivo divulgar o trabalho de novos criadores.
Os espetáculos que serão apresentados têm como base uma seleção realizada na sequência da apresentação de candidaturas.
Este ano foram apresentados cerca de 25 projetos e escolhidos três, menos um do que o ano passado.
A redução prende-se, não com os cortes financeiros, mas sim com o facto de os outros projetos "não respeitarem as regras da candidatura", nomeadamente não terem sido concebidos por novos criadores, mas sim por pessoas que já tinham realizado apresentações anteriores.
O "1.º andar, mostra de criadores emergentes" terá então lugar nos dias 19, 20 e 23, nas cidades da Covilhã, Castelo Branco e Fundão.
No dia 19, no auditório do Teatro das Beiras, na Covilhã, será apresentado o espetáculo de dança e teatro "Ataúde", que se concentra na ideia da morte.
No dia 20, a mostra ruma à cidade de Castelo Branco, com o espetáculo de dança, que é um encontro entre cinco criadores, 230 kg de plástico e 1710 W de potência de ventiladores e que sobe ao palco do Cine Teatro Avenida.
No dia 23, na Moagem do Fundão, "Salomé Perdeu a Luz" apresenta, através da dança, teatro e das artes plásticas, um jogo de xadrez que conta a história de Salomé, "uma cabeça de barro, que se transforma ao toque da atriz e revela o seu mundo interior".
Os espetáculos realizam-se todos às 21:30 e o preço dos bilhetes varia entre os três e os seis euros.
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