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Futebol: Presidente da Associação de Castelo Branco sente-se ofendido e usado por Horácio Antunes

O presidente da Associação de Futebol de Castelo Branco disse sentir-se “ofendido e usado” por Horácio Antunes, ex-candidato às eleições da Federação Portuguesa de Futebol.

  • Desporto
  • Publicado: 2011-02-02 23:50
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
O presidente da Associação de Futebol de Castelo Branco disse sentir-se “ofendido e usado” por Horácio Antunes, ex-candidato às eleições da Federação Portuguesa de Futebol.

Carlos Almeida não aceita a indiferença a que foi votado pelo seu homólogo da Associação de Futebol de Coimbra, que decidiu desistir da candidatura à presidência da FPF “sem ter passado cavaco a ninguém”.

O presidente da AFCB afirma, ainda, sentir-se usado: “Eu e os demais. Reunimos, andamos a falar com pessoas, demos a nossa palavra e depois deparamo-nos com um recuo isolado. Estou indignado e perplexo”.

Esta associação tinha quatro elementos na lista formada pelo deputado do Partido Socialista pelo círculo de Coimbra, entre os quais Jorge Nunes, indigitado na candidatura para presidir ao Conselho de Arbitragem.

A atitude de Horácio Antunes, que abdicou da candidatura a 27 de janeiro, dois dias antes da Assembleia-Geral da FPF, é, segundo Carlos Almeida, “demonstrativa do ambiente que se vive no futebol português”.

“São estes comportamentos que fazem com que as pessoas sérias que se movem neste meio se sintam verdadeiramente enojadas e queiram sair”, acusou Carlos Almeida.

O líder diretivo da AFCB explica também o motivo de ter sido um dos 12 representantes de associações distritais que chumbaram a revisão dos estatutos da FPF, na reunião magna do dia 29: “Foi entendimento dos clubes filiados que marcaram presença numa reunião promovida para o efeito ser este o sentido de voto".

"A realidade do distrito de Castelo Branco é o futebol não profissional e os estatutos propostos privilegiam o futebol profissional, que, no universo da modalidade no nosso país, tem um número de praticantes e de clubes residual”, justificou.

Este responsável vê aspetos positivos nos estatutos levados à Assembleia-Geral, como o princípio de um representante/um voto, a passagem do Conselho de Disciplina e do Conselho de Arbitragem da Liga para a Federação e, “o que é até mais polémico”, o regime presidencialista na gestão da FPF.

Pelo contrário, coloca reservas na “constituição do Conselho de Arbitragem segundo o Método de Hondt, que já está a criar problemas na Federação de Basquetebol”, na questão da representatividade do futebol profissional, “que passa a ditar as regras mesmo tendo um número incomparavelmente inferior de filiados” e naquilo a que apelida de um assunto estrutural.

“Vários professores de Direito e o próprio José Manuel Meirim, que é provavelmente a pessoa que mais sabe de leis de desporto em Portugal, consideram que o Regime Jurídico está ferido de inconstitucionalidade, já que não é um Diploma emanado da Assembleia da República, mas sim uma decisão governamental”, sublinhou.

Carlos Almeida entende que ainda há margem para o diálogo e só quando esta se esgotar é que equaciona ceder em nome “da responsabilidade do futebol português”.

A terminar, diz-se preocupado com a situação criada e, acrescenta: “No momento adequado estarei disponível para contribuir para a saída deste impasse em nome da salvaguarda dos interesses superiores do futebol português”.

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