Carlos Sá disputará a Ultra Trail do Monte Branco, uma espécie de “subir e descer mais de 10 vezes da Covilhã à Torre”, com o objetivo de saber se recuperou, em 40 dias, da ultramaratona ganha nos Estados Unidos.
Carlos Sá disputará a Ultra Trail do Monte Branco, uma espécie de “subir e descer mais de 10 vezes da Covilhã à Torre”, com o objetivo de saber se recuperou, em 40 dias, da ultramaratona ganha nos Estados Unidos.
“Mais que preparar a prova, tem sido tentar recuperar ao máximo da BadWater, a grande ultramaratona de 217 quilómetros, que venci nos Estados Unidos há cerca de 40 dias. Nesta prova vou tentar dar o meu melhor e perceber se sou capaz de, em 40 dias, recuperar de uma prova tão dura que os meus colegas dizem ser precisos trÊs meses para a recuperação”, disse à agência Lusa.
Para o ultramaratonista, que participa pela terceira vez na prova que atravessa França, Itália e Suíça, depois de um quinto lugar na geral na estreia e de um quarto lugar no ano passado, esta prova é das “mais duras” à volta do maciço da Europa, com “9.800 metros de desnível positivo, o que equivale subir e descer 10 vezes da Covilhã à Torre”.
“É uma carga brutal para o nosso organismo, não sei até que ponto vou conseguir resistir ao andamento frenético que os corredores da frente impõem na cabeça da corrida”, explicou, adiantando, no entanto, que tudo irá fazer para acompanhá-los e, quando se aperceber que não o conseguirá fazer, tentará, somente, “concluir a prova”.
Carlos Sá admitiu que o seu grande objetivo para esta época é correr “em ambientes completamente distintos”, nomeadamente estrada, alta montanha e deserto.
Depois de ter estabelecido um novo recorde mundial de ascensão e descida à montanha de Aconcágua (6.962 metros), na Argentina, em janeiro, Carlos Sá participou na ultramaratona que decorreu no deserto do Sahara, terminando em quarto, e venceu a Badwater, prova de estrada disputada nos Estados Unidos.
“Completar todas estas provas no mesmo ano é significativo e nunca nenhum atleta se propôs a fazer isto. Será uma grande vitória terminar todas, muito mais do que fazer pódios ou vencer como foi o caso na Badwater”, afirmou.
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