O simpático Marc de Maar é o único ciclista do pelotão da 75.ª Volta a Portugal em bicicleta a ter no currículo o último título nacional de um país e o primeiro de outro.
O simpático Marc de Maar é o único ciclista do pelotão da 75.ª Volta a Portugal em bicicleta a ter no currículo o último título nacional de um país e o primeiro de outro.
A 11 de outubro de 2010, as Antilhas Holandesas, entidade autónoma da coroa holandesa composta pelas ilhas de Curaçau, São Martim, Saba, Bonaire e Santo Eustáquio, foram oficialmente dissolvidas. O mapa do mundo mudou, com a criação de dois novos países (Curaçau e São Martim) e a integração das outras três ilhas no território holandês, e com ele a vida de Marc de Maar.
O facto de ser o último campeão de fundo e contrarrelógio da história das Antilhas Holandesas seria notícia por si só, mas o ciclista da UnitedHealthcare gosta de dar nas vistas na Volta a Portugal, sendo um dos “habitués” nas fugas.
“É uma corrida muito boa, não é tão controlada com a maior parte das outras provas na Europa, é uma corrida agressiva, que é algo que eu gosto. Há sempre fugas, sempre alguma coisa a acontecer. É um país muito agradável e gosto de correr aqui”, reconheceu à Lusa.
Marc de Maar tem a ideia fixa de ganhar uma etapa na prova portuguesa – também no ano passado foi um dos principais animadores -, como tinha a ideia fixa de ser ciclista.
“Quando eu era miúdo, via as corridas na televisão e queria ser ciclista, mas os meus pais diziam-me sempre que era muito perigoso. Mas lá consegui que me dessem uma bicicleta e comecei a pedalar”, contou.
No entanto, só aos 16, 17 anos, quando se mudou para a Holanda, uma das pátrias da modalidade, começou a sonhar com o profissionalismo, que abraçou depois de uma curta passagem pela patinagem no gelo.
Pioneiro da modalidade nas Antilhas Holandesas, Marc de Maar é um dos principais motivos pelos quais o ciclismo é muito popular nas extintas ilhas.
“Ainda regresso todos os invernos, passo as minhas férias na ilha e agora tenho muitos amigos lá que andam de bicicleta. Quando se faz um cruzeiro pela ilha, vê-se bicicletas por todo o lado. É muito bom de ver. E temos a famosa corrida no final do ano, a Amstel Curaçao, que tornou o ciclismo muito popular na ilha”, destacou.
O corredor de 29 anos, que agora tem no passaporte a nacionalidade da ilha de Curaçau e foi o primeiro campeão do novo país, tem ainda mais cinco dias para deixar definitivamente a sua marca na 75.ª Volta a Portugal.
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