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Ambiente: Projeto quer acabar com isco envenenado que ameaça espécies em extinção - Quercus

A utilização de venenos ameaça muitas espécies em vias de extinção, uma situação que um projeto com apoio comunitário vai tentar mudar, sensibilizando a população e tentando resolver os problemas de quem recorre a esta forma de fazer desapacer animais.

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  • Publicado: 2010-09-20 16:15
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa
A utilização de venenos ameaça muitas espécies em vias de extinção, uma situação que um projeto com apoio comunitário vai tentar mudar, sensibilizando a população e tentando resolver os problemas de quem recorre a esta forma de fazer desapacer animais.

"Pretende-se que a sociedade seja sensível a este problema, estamos a falar de muitas espécies em perigo de extinção, bastante ameaçadas por esta utilização, mas também de questões de saúde pública", disse hoje à agência Lusa Samuel Infante, da Quercus, parceiro nesta tarefa.

Em Portugal, o projeto vai abranger duas áreas, uma em Castelo Branco, no Parque Natural do Tejo International, Erges e Ponsul, e outra na zona de Moura-Mourão-Barrancoso.

Através do programa LIFE+, a União Europeia vai financiar o projeto “Ações Inovadoras contra o uso ilegal em áreas piloto mediterrânicas da UE”, que visa avaliar e difundir a eficiência de medidas contra o uso ilegal de iscos envenenados.

Será desenvolvido em oito áreas piloto em Portugal, Andaluzia, Grécia continental e Creta.

O trabalho também se relaciona com "a recriminação pública e judiciária de situações que se consigam levar a termos judiciais", assim como com "a procura de soluções e alternativas para ir à origem dos problemas, evitando que as pessoas recorram a estas técnicas", disse Samuel Infante.

O técnico da Quercus explicou, por exemplo, que as autoridades públicas não conseguem controlar cães abandonados nos campos e que atacam os rebanhos.

O projeto pretende colocar um conjunto de ações no terreno e trabalhar com setores como criadores de gado ou caçadores, mas também escolas.

"Infelizmente, [esta] ainda é uma prática frequente", referiu Samuel Infante. São casos que "continuam a ocorrer muito dispersos pelo país, mais concentrados nas zonas norte, mais associados à presença do lobo e ao envenamento muito dirigido para esta espécie".

Também em toda a zona raiana interior e no Alentejo "temos diversos episódios de envenenamento ligados quer ao setor cinegético, quer ao agro pecuário", apontou.

O uso ilegal de iscos envenenados é a principal causa de morte não natural para várias espécies em perigo de extinção, a nível europeu, tais como a águia imperial ibérica, o abutre negro, o quebra ossos, o lobo, raposa ou o urso e animais domésticos, como cães.

Este projeto é liderado pela Fundação Gypaetus, com os parceiros portugueses QUERCUS e Centro de Estudos da Avifauna Ibérica e os parceiros gregos Arcturos e o Museu de História Natural de Creta.

O projecto tem um orçamento total de 5,6 milhões de euros, dos quais 75 por cento co-financiados pela UE. Conta também como co-financiadores com a Consejería de Medio Ambiente de la Junta de Andalucía (Espanha), Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e Ministério do Ambiente Grego.

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