A previsão de recessão para este ano na zona euro, anunciada hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), é a prova de que é necessária "uma alteração completa das políticas", disse hoje a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins.
A previsão de recessão para este ano na zona euro, anunciada hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), é a prova de que é necessária "uma alteração completa das políticas", disse hoje a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins.
"As políticas de austeridade só empobrecem e países que empobrecem não têm nenhuma solução para a sua economia", referiu Catarina Martins aos jornalistas, à entrada para uma conferência na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
Para a dirigente, os números do FMI comprovam o que o BE tem "vindo a dizer este tempo todo", ou seja, "matar os mercados internos mata também a possibilidade de exportação de outros países: é uma espiral recessiva à escala europeia", referiu, considerando que "só uma alteração completa das políticas" pode afastar a crise.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia na zona euro contraia 0,3% este ano, uma revisão em baixa face ao crescimento de 0,2% esperado em janeiro.
No caso de Portugal, o FMI manteve hoje a previsão de uma recessão de 2,3% este ano e de um crescimento de 0,6% em 2014.
França, Itália e Espanha também deverão acabar o ano em recessão.
Em Portugal, o Governo "não tem soluções", referiu a dirigente do BE, depois de questionada sobre as expetativas para a reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira em que deverão estar em discussão os cortes e as medidas que estão a ser negociadas com a 'troika' para compensar o chumbo do Tribunal Constitucional.
"Não sabemos o que sairá do Conselho de Ministros, o que temos certeza é que não sairá uma solução para o país", porque "este Governo insiste sempre no mesmo: mais desemprego e mais fragilidade da economia e do Estado".
Catarina Martins escusou-se a comentar a carta com um pedido de reunião para amanhã dirigido pelo primeiro-ministro Passos Coelho ao líder da oposição, o secretário-geral do PS António José Seguro.
"Não comento nem romances epistolares, nem o que possa surgir desses romances", concluiu.
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