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"Governo habituou mal a 'troika'" - João Proença

O secretário-geral da UGT disse hoje que o Governo "habituou mal a 'troika'" ao ser permissivo na aplicação do programa de assistência financeira, razão pela qual, acredita, os resultados da 7.ª avaliação ainda não são conhecidos.

 

  • Economia
  • Publicado: 2013-03-13 18:58
  • Por: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

O secretário-geral da UGT disse hoje que o Governo "habituou mal a 'troika'" ao ser permissivo na aplicação do programa de assistência financeira, razão pela qual, acredita, os resultados da 7.ª avaliação ainda não são conhecidos.

João Proença falava aos jornalistas na sede da UGT na apresentação de um manifesto da central sindical, que na quinta-feira se fará representar em Bruxelas numa "grande jornada de luta europeia" promovida pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).

A sétima avaliação da 'troika', que começou a 25 de fevereiro, continua a decorrer e o Governo só se pronunciará quando os trabalhos estiverem concluídos porque "nada está fechado até que tudo esteja fechado", disse hoje o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

Nesta avaliação, lembra João Proença, "permanece como uma ameaça sob os portugueses" o corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado, cenário que, a confirmar-se, irá "agravar a recessão" económica do país, antevê.

O Governo, acredita o secretário-geral da UGT, está a ter "alguma reação" perante a 'troika' neste departamento, motivado por exemplo pelo aproximar de eleições autárquicas.

"Mas acho que o Governo habituou mal a 'troika' (...) e agora tem alguma dificuldade em negociar de igual para igual", considera o responsável da central sindical.

Proença pede também que o Orçamento do Estado, através de fundos públicos, possa dinamizar o investimento público e privado na criação de emprego e no retomar do crescimento económico.

A jornada europeia promovida pela Confederação Europeia de Sindicatos passa também pela defesa de um contrato social para a Europa, uma proposta, assinala a UGT, que assenta em três pontos: as negociações coletivas e o diálogo social; a governação económica para o crescimento e o emprego; a justiça económica e social.

"A UGT, ao lado da CES, bater-se-á para que este contrato social europeu seja a base de compromissos tripartidos a nível europeu e nacional, para que as dimensões económicas e sociais caminhem lado a lado e para que as políticas respondam às necessidades dos cidadãos, particularmente os mais desfavorecidos", nota a central sindical.

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