A secretária de Estado do Tesouro sublinhou hoje que o Governo quer mais um ano para atingir um défice inferior a 3%, mas garantiu que o programa de ajustamento "é para terminar em junho de 2014".
A secretária de Estado do Tesouro sublinhou hoje que o Governo quer mais um ano para atingir um défice inferior a 3%, mas garantiu que o programa de ajustamento "é para terminar em junho de 2014".
Num debate de atualidade no Parlamento, requerido pelo BE, Maria Luís Albuquerque considerou "razoável" esta pretensão do Governo de prolongar o prazo para atingir as metas do défice, reconhecendo que as reformas em curso "demoram tempo a fazer efeitos", mas vão "permitir que a economia volte a crescer" e seja "mais saudável".
A governante rejeitou em toda a linha a tese de que uma renegociação da dívida inverteria o ciclo recessivo e advertiu que para não depender tanto dos mercados é preciso pedir "menos dinheiro emprestado".
Uma renegociação seria, considerou, "uma ameaça séria" aos objetivos do país que "imporia aos portugueses mais sacrifícios e manteria a ‘troika' em Portugal por tempo indeterminado".
"O que pretendemos é junto dos nossos parceiros [internacionais] suavizar o perfil das amortizações, não estamos em momento algum a dizer que os nossos credores não receberão em pleno tudo o que emprestaram a Portugal", declarou.
A secretária de Estado referiu na sua intervenção que o objetivo do Governo "é continuar a consolidar o processo de regresso aos mercados", um passo "essencial para terminar com sucesso em 2014 o programa de ajustamento", o que não significa no entanto "que o esforço de ajustamento não tenha de continuar".
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