Tribunal de Contas critica falta de transparência nos gastos dos gabinetes ministeriais

Não há tectos máximos para a despesa dos gabinetes ministeriais, não há limites para as regalias como telemóveis ou carros e não há “evidência de que as despesas de funcionamento dos gabinetes dos membros do Governo tenham diminuído”, diz uma auditoria do Tribunal de Contas, citada pela TVI.

  • Economia
  • Publicado: 2013-01-04 09:46
  • Por: Diario Digital Castelo Branco

Não há tectos máximos para a despesa dos gabinetes ministeriais, não há limites para as regalias como telemóveis ou carros e não há “evidência de que as despesas de funcionamento dos gabinetes dos membros do Governo tenham diminuído”, diz uma auditoria do Tribunal de Contas, citada pela TVI.

A facilidade com que os ministros do Governo de Pedro Passos Coelho podem contratar consultores externos por ajuste directo, sem que seja realizado um concurso, e sem fundamentarem por que o fazem é uma das críticas feitas pelo Tribunal de Contas ao Executivo.

 

A transparência dos gastos dos ministros e secretários de Estado é criticada numa auditoria feita pelo órgão presidido por Guilherme d’Oliveira Martins, a que a TVI teve acesso e que revelou ontem à noite.

 

Embora saliente que a informação disponibilizada pelo Governo é agora mais transparente do que com o anterior Executivo, de José Sócrates, o relatório do Tribunal de Contas refere que, no actual regime legal, “não constam critérios sobre a atribuição de regalias como o cartão de crédito, uso de viatura e despesas de telefone”.

 

Além disso, os gabinetes dos ministros e secretários de Estado contratam pessoal cujas habilitações ficam por divulgar e não há também um regime claro de incompatibilidades.

 

“Não existe evidência de que as despesas de funcionamento dos gabinetes dos membros do Governo tenham diminuído”, resume o relatório, de acordo com a TVI.

 

Para o Tribunal de Contas, “a inexistência de um tecto máximo para a despesa dos gabinetes e a manutenção da sua opacidade revelam que persistem anomalias, situação que deve ser ultrapassada em nome do rigor e da transparência orçamental”.

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