O líder da UGT, João Proença, saudou hoje a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, considerando que Cavaco Silva "respondeu às preocupações fundamentais dos portugueses", mas pediu ao chefe de Estado que tenha "maior intervenção pública".
O líder da UGT, João Proença, saudou hoje a mensagem de Ano Novo do Presidente da República, considerando que Cavaco Silva "respondeu às preocupações fundamentais dos portugueses", mas pediu ao chefe de Estado que tenha "maior intervenção pública".
Para o secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), a habitual mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva "foi muito positiva", uma vez que referiu as "preocupações fundamentais" da população: "o desemprego, o crescimento económico e [a capacidade de] criar condições para uma maior justiça social".
João Proença saudou, em particular, a referência do discurso do chefe de Estado ao crescimento económico, uma vez que ela indica que "não há saída para a crise sem crescimento económico".
O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu na terça-feira que é preciso "urgentemente pôr cobro" à "espiral recessiva" que Portugal vive e "concentrar esforços" no crescimento económico, porque, caso contrário, "de pouco valerá o sacrifício" dos portugueses.
O líder sindical referiu ainda que "têm sido exigidos sacrifícios muito desiguais" aos portugueses, já que "os sacrifícios incidem sobretudo sobre trabalhadores e pensionistas e deixam praticamente de lado os detentores de bens de riqueza e as empresas".
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, anunciou na terça-feira que vai requerer a fiscalização sucessiva do Orçamento do Estado para 2013 pelo Tribunal Constitucional (TC), sustentando que há "fundadas dúvidas sobre a justiça na repartição dos sacrifícios".
"Por minha iniciativa, o TC irá ser chamado a pronunciar-se sobre a conformidade do Orçamento do Estado para 2013 com a Constituição da República", afirmou o chefe de Estado, na habitual mensagem de Ano Novo, destacando, por exemplo, que "todos serão afetados, mas alguns mais do que outros" pelas medidas inscritas no Orçamento.
Quanto a esta deliberação, a UGT "saúda essa decisão", uma vez que "os portugueses precisam de saber se o Governo mais uma vez agiu nos limites da constitucionalidade ou se agiu, ultrapassando esses limites".
Apesar dos elogios às declarações do Presidente da República, João Proença deixou um apelo ao chefe de Estado: "É fundamental" que o trabalho do Presidente da República "não se desenvolva apenas nos bastidores e que os portugueses ouçam a voz e as mensagens" de Cavaco Silva, afirmou.
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