A quantidade apreendida daria para 112 mil doses individuais, disse aquele responsável.
Segundo Artur Vaz, pelo menos duas pessoas já se encontram em prisão preventiva e os restantes ainda estão a ser ouvidos no Tribunal do Fundão.
A “Operação Pastor” envolveu a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, em coordenação com a Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes e com a Unidade de Combate ao crime Organizado da Guardia Civil em Madrid.
As investigações iniciaram-se há seis meses, sendo que o grupo criminoso recebia cocaína em bruto que transformava em pó e distribuía sobretudo no distrito de Castelo Branco e na Estremadura espanhola.
“Houve uma primeira apreensão de 4,5 quilos de matéria prima há algum tempo e a última apreensão na madrugada de quinta feira foi de 3,65 quilos”, descreveu Artur Vaz.
“Havia correios que transportavam a droga, no último caso, desde a Colômbia em malas dissimuladas para a Argentina e dali para Madrid, de onde depois foi transportada para a zona do Fundão e Castelo Branco”, referiu o coordenador da PJ.
A transformação da matéria base em pó seria feita na região com recurso a químicos. “Bastam alguns conhecimentos e laboratório caseiro para o fazer”, acrescentou.
A operação desenrolou-se “na madrugada de quinta feira” com “mais de uma dezena de buscas domiciliárias” e com “a colaboração do Destacamento da GNR da cidade do Fundão”.
“Significa um rude golpe nos circuitos ilícitos de distribuição de estupefacientes, em especial de cocaína, em Portugal e na Estremadura espanhola”, concluiu.
Para além da cocaína em bruto foram apreendidas cerca de 1,7 quilos de pólen de haxixe, pequenas quantidades de outras drogas, duas viaturas automóveis de elevada cilindrada, duas armas de fogo ilegais, dinheiro, documentos e outros objetos utilizados no tráfico.
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