Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, fez hoje um “balanço muito positivo” da greve dos funcionários públicos, referindo uma adesão “em termos gerais de 75%”, enquanto nos setores da Saúde e da Educação os números chegam a 90%.
Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Função Pública, fez hoje um “balanço muito positivo” da greve dos funcionários públicos, referindo uma adesão “em termos gerais de 75%”, enquanto nos setores da Saúde e da Educação os números chegam a 90%.
“É mais no setor da Educação e da Saúde. Esta média de 75% representa mais ou menos o valor da última greve da Função Publica de janeiro. Mas nota-se que na Saúde e na Educação continua a subir”, disse a dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS), em conferência de imprensa.
“Centenas e centenas de escolas estão fechadas”, informou Ana Avoila, precisando que em Beja, Évora e Santarém todos os estabelecimentos de ensino encerraram, enquanto em Sintra, em Vila Franca de Xira e Castelo Branco quase todas as escolas fecharam. Com bastantes encerramentos estão ainda os distritos do Porto, Coimbra e Lisboa.
Quanto aos hospitais, a sindicalista assinalou o aumento da adesão, que começou nos “65% a 70%” e acabou por forçar o encerramento dos estabelecimentos.
“É uma greve na área da Saúde melhor dos últimos anos”, comentou a sindicalista, indicando que a paralisação também se fez sentir nos centros de saúde.
Os dados da FNSTFPS mostram também que a Torre de Belém, em Lisboa, encerrou e que os serviços na área da Cultura tiveram uma adesão entre os “55 e os 66%” e que houve “alguma expressão” entre os funcionários das finanças.
Convocada pela FNSTFPS - Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, a greve nacional de hoje foi anunciada no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.
O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.
A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul, regiões autónomas e consulares, e representa 330 mil funcionários.
A última greve geral convocada pela FNSTFPS com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado, e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% e 80%, incluindo os hospitais.
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