Mas fonte da presidência espanhola indicou, em Bruxelas, que o debate não será consensual, uma vez que "os Estados-membros querem conservar as suas competências soberanas nas matérias de segurança aérea e de controlo dos respetivos espaços aéreos".
O ministro espanhol dos Transportes, José Blanco, enviou um documento de reflexão aos seus homólogos da União Europeia (UE) e ao comissário europeu para o setor, Siim Kallas, que inclui propostas como dar ao organismo europeu de segurança aérea, Eurocontrol, um papel preponderante na gestão do espaço aéreo europeu.
Atualmente, a gestão do espaço aéreo é competência dos governos nacionais, havendo uma proposta de criação de um céu único europeu em 2012, que a presidência espanhola da UE quer agora acelerar, com o apoio da Comissão Europeia.
O argumento para defender a criação de um organismo central de gestão é a dificuldade de responder a situações de crise quando a decisão é tomada a 27, como se demonstrou na crise causada pelas nuvens de cinza originada pelo vulcão na Islândia.
Entretanto, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, admitiu no dia 20 de abril, em Estrasburgo, que Bruxelas poderá autorizar ajudas de Estado às companhias de aviação prejudicadas pelas cinzas vulcânicas.
"Temos que encontrar uma solução global e estamos a avaliar todas as hipóteses, nomeadamente flexibilizar as ajudas de Estado", disse José Manuel Durão Barroso, no debate mensal com os eurodeputados.
A 14 de abril, um vulcão localizado no glaciar de Eyjafjallajokull, no sul da Islândia, entrou em erupção e lançou uma nuvem de cinzas de grandes dimensões para a atmosfera que obrigou ao encerramento do espaço aéreo em vários países europeus, provocando um caos sem precedentes na história da aviação civil.
A perturbação do tráfego aéreo não só deixou milhares de passageiros em terra, como causou fortes prejuízos às companhias aéreas.
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