Quando estava a deixar o território nacional, Bento XVI enviou um telegrama a Cavaco Silva, concedendo uma "bênção apostólica" aos portugueses e invocando uma proteção divina para o "presente e futuro" do país.
A visita teve o "ponto mais alto em Fátima, onde pude ajoelhar-me aos pés de Nossa Senhora, depondo no seu coração materno aflições e esperanças da família humana inteira e, de modo especial, do dileto povo português", refere o papa no texto.
Durante os quatro dias da visita, nos diversos momentos de intervenção, o papa deixou algumas mensagens, tendo o primeiro dia ficado marcado pelas declarações que fez ainda no avião que o levou de Roma a Lisboa a propósito dos escândalos de pedofilia que têm afetado a Igreja Católica.
Segundo o papa, a "maior perseguição à Igreja" não vem de "inimigos de fora, mas nasce do pecado da Igreja".
Ainda nesse dia, referiu-se ao centenário da República Portuguesa, afirmando que "a viragem republicana, operada há cem anos, abriu na distinção entre a Igreja e o Estado um espaço novo de liberdade para a Igreja".
O encontro com o "mundo da cultura", em Lisboa, a condenação do aborto e a defesa do casamento heterossexual, em Fátima, e a mobilização de fiéis que conseguiu no Porto foram outros momentos que marcaram a visita de Bento XVI a Portugal.
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