“O papa era pouco conhecido em Portugal e era considerado uma pessoa fria. Com esta viagem, ficou uma imagem familiar e amiga e a sua personalidade discreta e gentil”, observou Federico Lombardi, em conferência de imprensa realizada no Porto.
O porta-voz destacou ainda que a mensagem de Bento XVI foi “transmitida de modo sereno, construtivo, e com simplicidade”, e que a sua intenção é “não impor, mas propor” a mensagem da Igreja Católica.
Lombardi disse ainda que a “vitalidade da fé do povo português”, mostrada com “a enorme presença de pessoas em todos os locais”, durante a visita iniciada na terça feira, deixa “uma mensagem de esperança à Igreja, não obstante as dificuldades internas e externas”.
No entanto, para o porta-voz, o que “chamou estas pessoas não foi a comunicação social, nem sequer o papa”, mas sim “a mensagem de Fátima, que é uma mensagem muito forte que chama o povo a rezar”.
Prova disso, observou, é que “nos últimos 40 anos, é já a quinta vez que um papa vem a Fátima rezar com o povo”.
“Isto é porque o papa sente a força desta mensagem”, afirmou.
A visita a Portugal deixou, ainda, uma “grande esperança para a Igreja de hoje”.
“Bento XVI vive esta experiencia como uma confirmação de que Deus acompanha a sua Igreja, não obstante as dificuldades internas e externas”, sublinhou.
Logo durante o voo, a visita ficou marcada pelas declarações que o papa fez a propósito dos escândalos de pedofilia que têm afetado a Igreja Católica.
Segundo o papa, a "maior perseguição à Igreja" não vem de "inimigos de fora, mas nasce do pecado da Igreja".
Federico Lombardi referiu ainda que a mensagem deixada hoje por Bento XVI na missa na Avenida dos Aliados pretende “deixar um desafio à missão da sociedade em que estamos inseridos”.
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