Idália Moniz inaugurou hoje, a exposição Arte e Género, patente no Governo Civil de Castelo Branco.
Na sessão de abertura, a secretária de Estado destacou que, o facto de o Governo já ter colocado vários recursos à disposição, para que as diferenças de género" sejam esbatidas", mas "ainda há muita mentalidade por mudar".
Idália Moniz, sublinhou a necessidade de "cada mulher e cada um de nós lutarmos e marcharmos em conjunto para a promoção de uma sociedade diferente daquela que hoje temos".
Para Idália Moniz "não existem sociedades perfeitas", ou seja, "tudo o que conjecturamos,actualmente, ainda é uma utopia".
Idália Moniz referiu ainda que as diferenças "existem", entre género, mas que "hoje há mecanismos para que possam ser contrariadas". "Não depende do Governo fazer este trabalho, depende da vontade de luta e mobilização de cada elemento da sociedade".
Questionada sobre as disparidades que ainda existem no universo do emprego entre homens e mulheres, Idália Moniz não escondeu os números reais. Os salários das mulheres, comparativamente ao do sexo oposto é menor em cerca de 7 por cento, sendo que nos empregos mais qualificados este valor aumenta para uma disparidade de 30 por cento.
Idália Moniz frisou ainda a importância do trabalho que as mulheres desempenham "quer no seio familiar, quer no tempo que dispõem aos seus filhos e ainda aos trabalhos domésticos". "Funções estas que por esterótipo lhes são confinadas e que não têm preço".
As declarações precederam a inauguração da exposição Arte e Género, patente até final deste mês, no Governo Civil.
Alzira Serrasqueiro, governadora civil de Castelo Branco, destacou que apoiou esta iniciativa da Coolabora, encarando-a como "uma pedrada no charco" para outras que possam surgir. "Espero que esta iniciativa seja muito participada, por todos os cidadãos albicastrenses".
Esta iniciativa dedicada à mulher e à igualdade de género vai decorrer durante toda a semana, com diversas palestras.
