Proença-a-Nova: Inventário arqueológico pronto em 2013

 Dentro de cerca de um ano deverá estar concluído o inventário arqueológico do concelho de Proença-a-Nova, que está ser feito por uma equipa da Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT), com o apoio do Município.

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  • Publicado: 2012-07-24 08:46
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco

 Dentro de cerca de um ano deverá estar concluído o inventário arqueológico do concelho de Proença-a-Nova, que está ser feito por uma equipa da Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT), com o apoio do Município.

Além do levantamento de pontos de interesse, o objetivo é investir em escavações que ajudem a desvendar o património existente. Depois do primeiro teste em curso até final da semana, está projetada a continuidade de campos arqueológicos nos próximos anos.

Na conferência “Aspetos arqueológicos do concelho de Proença-a-Nova”, que se realizou sábado no Centro Ciência Viva da Floresta, João Carlos Caninas, da AEAT, sublinhou que o objetivo é “recuperar o património para as pessoas, mais do que para os turistas”. Envolver a comunidade local é uma preocupação da equipa, até porque, como destacou o vereador João Manso, “este trabalho vai desenterrando parte da nossa história, às vezes no meio do entulho”.

As três intervenções da conferência abordaram igual número de temáticas com interesse no concelho. João Carlos Caninas focou o megalitismo, explicando estarem identificadas mais de uma centena de mamoas e antas, embora seja necessário escavar para as podermos conhecer.

O campo arqueológico em curso, na zona das Moitas, está a explorar antas integradas no percurso pedestre PR1.

As pinturas rupestres existentes na Serra das Talhadas foram o tema da intervenção de Francisco Henriques, que mostrou fotografias dos painéis encontrados em abrigos existentes perto do Chão do Galego e nas Portas do Almourão. Sem apresentar a localização precisa das imagens, para minimizar o risco de vandalismo, Francisco Henriques explicou que “o número de figuras é reduzido e a temática pobre”, à exceção de um alegado ursídeo que ainda carece de estudos complementares.

Mais conhecido é o património explicado na terceira intervenção, alusiva à linha defensiva das Talhadas-Moradal. São três os núcleos desta linha existentes no concelho. Na Catraia localiza-se o único forte escavado até agora – o Forte das Batarias –, complementado por uma bateria e uma trincheira em fosso na Cerejeira. Mais recuadas, as estruturas encontradas na Fróia e no Vale d’Urso serviriam de apoio à eventual retirada dos exércitos para Abrantes.

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