Conta a história que a população da Lardosa, prometeu uma festa ao Mártir S.Sebastião, se a praga de gafanhotos que assolava a localidade e que destruía as culturas desaparecesse. As preces foram ouvidas, e desde então a população realiza a Festa dos Cascoreis em Honra do Mártir S. Sebastião.
Conta a história que a população da Lardosa, prometeu uma festa ao Mártir S. Sebastião, se a praga de gafanhotos que assolava a localidade e que destruía as culturas desaparecesse.
As preces foram ouvidas, e desde então a população realiza a Festa dos Cascoreis em Honra do Mártir S. Sebastião.
Todos os anos são nomeados 6 festeiros a quem cabe organizar a festa, desde a recolha de donativos porta-a-porta, até à elaboração dos coscoreis e posterior cortejo até à Capela do Santo.
Apesar do peso dos tabuleiros, que podem chegar a pesar mais de 20 quilos, são as mulheres que os transportam à cabeça, com engenho, arte e muito equilibro.
"Não é difícil, é preciso equilíbrio" dizem as mulheres no momento em que lhes são colocados os tabuleiros à cabeça
Chegados à capela os tabuleiros, são colocados dentro da mesma para depois da Eucaristia, serem benzidos e oferecido a todos os presentes.
Os Cascoreis, uma espécie de filhós, podem ser comidos, não são doces, mas há também quem guarde um em casa, "para dar sorte", dizem os populares que depois de benzidos podem estar anos a fio que não "tomam bolor".
Carlos Fernandes, um dos elementos da Comissão deste ano, explica que o lucro de todos os bens doados pela população, e que são leiloados no final da eucaristia revertem para benefícios da festa e da capela de S. Sebastião.
"Todos os produtos que a população dá, por devoção ao Santo, são leiloados e o lucro obtido é investido na festa, por exemplo, este ano vamos comprar um fogão, ou então em melhoramentos na capela".
O presidente da Junta de Freguesia da Lardosa, António Sanches, diz que esta é a festa mais tradicional, "e provavelmente a mais antiga da freguesia", por isso a festa dos Cascoreis vai merecer especial atenção durante este mandato, já que a Junta de Freguesia pretende certifica-la como Património Cultural Imaterial.
O autarca albicastrense Luís Correia que esteve presente na festa e acompanhou o cortejo até à capela, considera que esta é uma das tradições a preservar pois estas são manifestações "únicas do nosso povo" e que podem ser atrativo turístico.
"É importante valorizar este património. Sempre dissemos que esta é uma aposta da autarquia, valorizando e promovendo estas tradições da freguesia" afirmou o autarca concluindo que "estas festas e tradições já atraem muitas pessoas, mas queremos que atraiam cada vez mais, pois são também atrativo turístico".
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