O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, disse hoje que o projeto do novo Atlas Europeu do Vento (NEWA), que decorre na Serra do Perdigão, em Vila Velha de Ródão, é um laboratório vivo de âmbito mundial.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, disse hoje que o projeto do novo Atlas Europeu do Vento (NEWA), que decorre na Serra do Perdigão, em Vila Velha de Ródão, é um laboratório vivo de âmbito mundial.
"Isto é um laboratório vivo que mostra bem o papel da ciência. As várias dimensões deste projeto tornam-no único, daí a necessidade de o valorizar e dignificar que foi o que vim aqui fazer hoje", afirmou Manuel Heitor durante uma visita à Serra do Perdigão, no distrito de Castelo Branco.
O NEWA é um projeto europeu de "mapeamento dos ventos" que pretende criar novas metodologias de avaliação e gestão dos recursos eólicos, sendo que a avaliação das características do vento com fins energéticos assenta em procedimentos definidos em 1989.
O projeto NEWA, que envolve um consórcio de instituições de oito países europeus (Dinamarca, Suécia, Alemanha, Espanha, Letónia, Turquia, Bélgica e Portugal) arrancou em março de 2015 e deverá estar concluído em junho de 2019. O orçamento global é de 13,8 milhões de euros.
Na visita de hoje, Manuel Heitor realçou o trabalho científico que ali está a ser desenvolvido, que demorou mais de 10 anos a montar e que hoje envolve mais de 300 investigadores em vários países.
O ministro defendeu que só através da continuidade entre o trabalho de investigação fundamental que é feito nas universidades e nos centros de investigação, a aplicação local a aspetos de biodiversidade, da energia do vento e até aplicações militares, demonstra como é que a investigação fundamental quando é bem feita tem todo o tipo de aplicações.
"Este projeto do ponto de vista científico é particularmente interessante porque envolve investigadores em várias áreas a fazer investigação fundamental e técnicos e outros tipos de investigadores que fazem aplicações na área da energia, dos fogos, da vegetação e até na área militar e mostra bem que não há limites à ciência", sustentou.
Manuel Heitor sublinhou ainda o contexto local do projeto e adiantou que através da ciência há uma colaboração com a autarquia de Vila Velha de Ródão que deve ser reconhecia e com os proprietários dos terrenos, numa área que transformou a serra do Perdigão num verdadeiro laboratório vivo.
O governante adiantou que o NEWA é resultado de vários projetos financiados sobretudo pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que mostra mais uma vez que vale a pena investir em ciência.
A participação nacional é assegurada pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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