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UBI: Congresso Internacional: Jornalismo e Dispositivos Móveis afirma que “Profunda queda de publicidade inviabiliza vários média em Portugal

A "profunda" queda de receitas de publicidade está a inviabilizar vários meios de comunicação social em Portugal, alertaram ontem diretores editoriais de três grupos de média. A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, acolhe desde quinta-feira o "Congresso Internacional: Jornalismo e Dispositivos Móveis". O evento reuniu ontem José Alberto Carvalho, diretor de informação da televisão TVI, Henrique Monteiro, diretor de novas plataformas do grupo Impresa, e Pedro Tadeu, diretor da agência Global Imagens do grupo Controlinveste.

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  • Publicado: 2012-11-17 10:26
  • Autor: Diario Digital Castelo Branco/Lusa

A "profunda" queda de receitas de publicidade está a inviabilizar vários meios de comunicação social em Portugal, alertaram ontem diretores editoriais de três grupos de média.

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, acolhe desde quinta-feira o "Congresso Internacional: Jornalismo e Dispositivos Móveis". O evento reuniu ontem José Alberto Carvalho, diretor de informação da televisão TVI, Henrique Monteiro, diretor de novas plataformas do grupo Impresa, e Pedro Tadeu, diretor da agência Global Imagens do grupo Controlinveste.

A redução de receitas de publicidade na imprensa em Portugal foi apelidada pelo vários responsáveis presentes como "profunda", acrescentando Henrique Monteiro que o recuo desde 2011 é comparável a uma queda "num poço sem fundo".

Segundo referiu, a publicidade na imprensa caiu 27% em 2011, já tombou 29% em 2012 e para 2013 está prevista nova queda de "10 a 15%".

"Isto leva a que os jornais se estejam a tornar insustentáveis", referiu, considerando que "só o Expresso, Jornal de Notícias e Correio da Manhã serão sustentáveis", exceto, eventualmente, jornais regionais com "modelos simples".

No congresso que analisa a evolução do mercado móvel, Henrique Monteiro referiu que o aumento de dispositivos digitais ainda não compensa a queda de receitas no papel, porque "a crise não ajuda a comprar objetos com 500 a 600 euros".

Pedro Tadeu partilhou das preocupações e acrescentou que, nos meios digitais, nada se faz "sem talento, nem pessoas, mas hoje os jornais estão com dificuldades em contratá-las", optando por rentabilizar os recursos que já têm.

Por outro lado, este responsável da Controlinveste lamentou que empresas como o Google, Facebook e operadores de telecomunicações arrecadem a maioria das receitas na Internet, cabendo a menor fatia aos produtores de conteúdos.

"A publicidade e algumas coisas pagas" nos formatos digitais representam "pouco" para tornar os meios sustentáveis, referiu, considerando que "a estrutura de capitais tem que mudar".

José Alberto Carvalho alertou para a previsão de que, no final deste ano, "a dimensão financeira do mercado publicitário [na televisão em Portugal] seja equivalente ao que existia em 1997".

"Cada um que imagine como se vivia em 97, com tudo o que não tinha sido inventado", referiu, alertando que na indústria dos média "não pode haver um mercado de 1997 e uma empresa de 2010".

Por ouro lado, da parte dos consumidores, considerou que o mercado de versões digitais pagas é reduzido, questionando se só poucos pagam "quais é que são as condições de sobrevivência", como é que é possível "manter uma empresa profissional" ou "pagar minimamente salários competitivos".

 

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